sexta-feira, abril 30

Mais que o dia do trabalhador, Por Joelson Cardoso

Hoje, 1º de maio, em boa parte do mundo é celebrado o dia do trabalhador. Uma homenagem que tem raízes numa Europa do século XIV, nos sangrentos conflitos entre trabalhadores ligados a força sindical e a polícia que defendia a ordem civil vigente. A conquista não foi fácil, a luta era por uma redução na carga horária de trabalho para oito horas diárias, em uma época onde em alguns paises a carga era algo entorno de dezesseis horas. A luta durou trinta anos. Até que num dia 23 de Abril de 1919, no senado francês, ratificou-se a jornada de oito horas diárias e proclamou-se, como feriado do trabalhador, o dia 1º de Maio. A data foi uma forma de homenagear dez manifestantes mortos no mesmo dia do ano de 1891, na própria França, em mais uma ação contra a exploração da mão de obra do trabalhador. Este é o significado histórico desta data, porém a dezesseis anos um outro significado vem se enraizando, também neste dia do trabalhador: o aniversário de morte de Ayrton Senna. Muitos irão questionar este ponto de vista, outros irão chamar de fanatismo, saudosismo, e por ai vai, mas o fato é comprovado pela repercussão gerada mudo afora. Brasil, Japão, Portugal, Espanha, Inglaterra, EUA, Argentina, França (o berço do trabalhismo), todos lembram, choram e agradecem ao eterno desportista. Este é o dia em que a maioria das crianças imagine, em pleno país do futebol, começam a conhecer aquele que talvez tenha sido o maior ídolo da nação. É o dia onde os pais, maiores de 30 anos, contam para seus filhos os contos incríveis protagonizados por um herói improvável, magro, desajeitado, de fala mansa, mas capaz de cativar o mundo com sua habilidade surreal. É, principalmente, o dia no qual até mesmo o brasileiro de raiz troca o gosto pelas quatro linhas por uma manta negra de asfalto, pensa nas chuteiras como um carro de Formula 1, a bola dentro da goleira toma forma de bandeira quadriculada e o grito de gol por um outro, onde um locutor vibrante o torna ainda mais emocionante que um gol em final de copa do mundo. Em muitos paises hoje não é o dia do trabalhador, o 1º de maio é apenas mais um dia, mas em toda parte do mundo é dia de lembrar de um brasileiro, é dia de lembrar de Ayrton Senna do Brasil.

quarta-feira, abril 28

Meu aniver em Gravataí city

Um muito obrigado aos amigos e familiares pelo ótimo happy hour de aniversário. Valeu Lucas e pessoal do Arena Bowling pelo show de atendimento e o belíssimo ambiente.

Eu, Pablo, Amanda, Fabinho, e Jú.



Amandinha Rocha

Valeu Dr. Levi e a esposa Ju, pela presença.


Grande Régis



Mamãe Cléu



Ae Lucas, valeu!



Que gatinha... Ah! Tá comigo!



Galerinha show de bola... moram no meu coração


Primos e amigos de Cachoeirinha, Mano, Dé, Rafa e meninas.

terça-feira, abril 13

As motos realmente complicam o trânsito? Por, Joelson Cardoso

Nada melhor do que uma boa experiência empírica para poder opinar de forma legítima sobre um fato. A realidade concreta só é possível ao indivíduo diante da vivência real do acontecimento, defendia o filósofo Karl Marx. Dito isto, faço menção a um assunto que em breve tomará conta da mídia e também das ruas: a proibição da circulação de motos entre os carros. Apesar de pouca prática como motociclista, acredito que a questão não começa e tão pouco se resume a isso. Tramita no congresso nacional o Projeto de Lei 2650/003, que diz: “Altera o Código de Trânsito Brasileiro tornando proibido aos condutores de motocicletas, motonetas e ciclomotores o tráfego entre veículos em filas adjacentes e dá outras providências”.
Certamente andar de moto em um estreito corredor de carros não é a coisa mais segura que existe, tão pouco agradável para o motoqueiro e principalmente para o motorista. Ignorar o fato de que esta arriscada prática é (com o perdão da redundância) praticamente o que viabiliza a pouca ou quase inexistente fluidez que ainda existe em nosso transito, seria de uma hipocrisia colossal. A análise não precisa ser muito profunda para constatar que a estrutura urbana das nossas cidades não está nem perto de ser adequada ao número de veículos que transitam nas ruas, mas principalmente não é compatível com os hábitos da população. É fácil perceber que a nossa sociedade não é coletiva e os motivos são diversos: a ineficiência dos serviços públicos, a falta de evolução da consciência, a latente deficiência da educação, a falta de planejamento da gestão pública e a intervenção da “mão invisível” da economia, este sistema de capital que empurra tudo e todos contra o tempo. Já imaginou esperar mais de 60min para poder saborear uma pizza?

Tudo isto é fato de sabida dificuldade e demora para ser solucionado, o que não podemos aceitar são as idéias mágicas, medidas simplistas e pouco calculadas, sem planejamento algum que são vendidas como solução para o problema. Só para exercitar a imaginação podemos pensar como ficaria a mobilidade urbana e a economia com cada moto que há nas ruas ocupando o espaço de um carro no trânsito. Porto Alegre quase pararia, Rio de Janeiro somente de helicóptero, São Paulo; nem assim. Todos buscamos a segurança e a valorização da vida, mas nem por isso podemos fechar os olhos para o contexto sócio-cultural que nos cerca. Se fosse assim teríamos leis que proibiriam a circulação de carros sem o airbag, ônibus sem cinto de segurança e daí por diante. Mas a pergunta que fica é: será que estes políticos que estão trabalhando neste Projeto de Lei, já pilotaram uma moto no trânsito? Será que eles imaginam o que é o trajeto cachoeirinha - Porto Alegre, em horário de pico? Por que não começar por uma via exclusiva para motos? Karl Marx tinha razão: “a realidade concreta só é possível ao indivíduo após a vivência real do fato”. Qualquer coisa diferente disso não passa de uma versão do concreto.

Dê sua opinião, caso tenha uma ideia diferente das opções da enquete deixe um comentário neste artigo.


Aproveite e divirta-se assistindo o vídeo no link abaixo:
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