quarta-feira, fevereiro 17

As obviedades do Carnaval

Festa, bebedeira, muita “pegação” e... morte! Sim: morte! Esta é a lista das obviedades do carnaval brasileiro. Pode-se mudar um ou outro item desta lista, mas a morte não. Mais uma vez o feriadão de carnaval confirma a lamentável expectativa e contribui para a engorda do número de mortes decorrentes de acidentes de transito. Apesar das campanhas de conscientização e valorização da vida nas ruas, rádios, jornais e TV, até a manhã desta quarta-feira de cinzas, já foram contabilizadas 30 mortes nas estradas gaúchas. Certamente ocorrerão mais algumas até o final do dia. Estes números seriam muito maiores se aqueles feridos que são removidos com vida do local do acidente e falecem nos leitos de hospitais fossem registradas como vítimas do trânsito. Os acidentes de trânsito são responsáveis pela terceira maior causa de morte no Brasil. Os feriados de Natal, Reveillon e Carnaval, são das datas mais fatídicas no país. A analise destes dados é chocante, seja pelos altos índices, seja pela obviedade da causa de muitos acidentes, seja pela idade das pessoas que perderam suas vidas, em grande parte jovens entre 20 e 30 anos, ou mesmo pela impotência, incompetência de nossa sociedade em reagir diante de fatos e situações dadas, sabidas, previsíveis. Não havia a menor sombra de dúvidas que o feriadão de carnaval terminaria com trágicas histórias e alto número de mortes nas estradas. As perguntas que ficam são: Por que a sociedade é complacente? Por qual motivo os órgãos de segurança são tão ineficientes, uma vez que “sabem” de antemão o que está por vir? Onde está a seriedade e rigidez da fiscalização? Lei Seca, controle de velocidade, vistoria de veículos, punição severa para os delinquentes? No Rio de Janeiro, a Lei seca, como se acompanha diariamente nos telejornais, continua ativa pelos bairros e avenidas da cidade. Por qual razão paramos com a nossa? Por que não melhorar a fiscalização e a conscientização das pessoas nas estradas, nos bares, nas saídas de festas? O que é preciso para que a sociedade se conscientize? São situações que precisam ser questionadas e reivindicadas para que evitemos o choro óbvio após cada feriadão. Ah, claro: o choro também se inclui na lista.

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